domingo, 24 de abril de 2011

Displasia coxofemoral (DCF)

Displasia coxofemoral caracteriza por uma má formação da cabeça do fêmur e acetábulo devido a uma instabilidade presente na região.
As causas de displasia coxofemoral são multifatoriais (hereditária e ambientais) que participam no desenvolvimento de osso e tecido mole anormais:
• fatores hereditários: predisposição poligênica recessiva (ou seja, determinada por mais de um par de genes) para luxação congênita coxofemoral. Os genes não afetam primariamente o esqueleto, mas sim cartilagem, tecidos conjuntivos e músculos desta região. São fatores múltiplos que influenciam e modificam a afecção;
• ambientais: taxa de crescimento alta induzida por alimentação, pisos escorregadios que aumentam ângulo de abertura entre acetábulo e cabeça de fêmur, disparidade entre crescimento de massa magra (muscular) x esquelética (osso);

O diagnóstico da DCF é exclusivamente radiológico. O diagnóstico a partir dos sinais clínicos não é suficiente, pois nem sempre são compatíveis com os achados radiológicos. Por este motivo não se pode atestar que um cão não tem DCF, sem o exame radiológico. As fêmeas devem ser radiografadas com pelo menos 30 dias antes ou após o cio, pois a influência hormonal pode causar uma falsa impressão de subluxação.


Na avaliação radiográfica o animal pode ser incluído nas seguintes categorias de acordo com as alterações presentes:

HD- (equivale aos OFA excellent e good): Animal ausente de DCF. A cabeça do fêmur e acetábulo são congruentes, sendo o espaço articular fechado e regular. Pelo Método de Norberg apresenta apresenta ângulo de aproximadamente 105º (somente como referência na figura 1);





• HD+/- (equivale aos OFA fair e boderline): Animal suspeito de apresentar DCF. A cabeça e o acetábulo apresentam ligeira incongruência respeitando os limites radiográficos. Pelo Método de Norberg apresenta apresenta ângulo de aproximadamente 105º (somente como referência na figura 2);




• HD+ (equivale ao OFA mild): Animal com DCF leve, ainda é permitido o acasalamento. A cabeça e acetábulo incongruentes (mínimo de subluxação), ligeiro arrasamento da cabeça do fêmur. Os sinais de alteração osteoartróticas são mínimos ou ausentes. Pelo método de Norberg o ângulo é aproximadamente 100º, (somente como referencia na figura 3);




• HD++ (equivale ao OFA moderate): Animal com DCF média. Achatamento da cabeça do fêmur, arrasamento do acetábulo, ossificação subcondral, perda do espaço articular, formação de osteófitos, alterações no colo do fêmur, presença de subluxação. Pelo método de Norberg, apresenta o ângulo maior que 90º;
HD+++ (equivale ao OFA severe): Animal com DCF grave. Presença de luxação, arrasamento severo da cabeça do fêmur e do acetábulo (quase plano), presença de osteófitos em vários pontos, ossificação subcondral, alterações no colo do fêmur. Pelo método de Norberg, apresenta o ângulo.
menor que 90º(somente como referencia na figura 4);




Levando em considerações as informações expostas acima , o canil Matilha Retriever , não efetua acasalamento de cães que estejam com grau de Displasia Moderada ou severa. Antes de qualquer acasalamento procuramos o veterinário responsável para efetuar o exame radiológico, minimizando os riscos futuros com os filhotes. Cães que tem grau de Displasia Coxofemoral HD + só efetuamos o acasalamento com HD-.

Vale salientar que apesar de todos os controles realizados pelos criadores, ainda assim o animal pode desenvolver DCF, por meio dos fatores Ambientais: taxa de crescimento alto induzido por alimentação, pisos escorregadios que aumentam ângulo de abertura entre acetábulo e cabeça de fêmur, disparidade entre crescimento de massa magra (muscular) x esquelética (osso), obesidade;





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